sexta-feira, 25 de junho de 2010

o menino e a raposa


Os pontos brilhantes dançavam,uniam-se e afastavam-se,vários tons de verde transformando-se em imagens e formas distintas,meros insetos em sua valsa divina.
O menino admirava como que boquiaberto,mente em branco e olhos atentos.

A neve caia.

Era bonito observar o agrupamento de pequenos montes gelados,uma xícara na mão esquentava todo seu corpo, ele a largou e abriu um sorriso desdentado enquanto corria convicto de que sua felicidade estaria naquela colisão com as gigantescas montanhas de neve que se acumulavam em frente a casa.
Seu riso explodiou em ondas de alegria assim que caiu no chão branco e macio,abriu os braços e desenhou seu pequeno anjinho na neve,era quase como um querubim, já que o tamanho diminuto não lhe permitia sonhar com grandes proporções espirituais.

Ao observar o pequeno ritual do menino risonho estava uma raposa distinta,pelos grossos e quentes lhe deixavam insensiveis aos pontos brancos que se acumulavam sobre seu pelo extremamente vermelho, o pequeno menino a encarava.
ele possuía um cheiro forte de leite que lhe lembrava de seus filhotes,suas bochechas rosadas e olhos brilhantes pra ela ja eram familiares, comuns entre os pequenos seres que vagavam por seu território.
a raposa concedeu ao menino uma honrosa lambida
ao que este só respondeu caindo e sorrindo em seguida.
a criaturinha de gosto azedo e olhos alegres se apoiou no dorso do animal, ajeitaram-se tal qual deviam.
a raposa entrou em movimento
e assim seguiram em meio a neve.

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